domingo, 26 de julho de 2009

Procurando Raízes...

“É preciso fazer com que nossas crianças possam buscar a riqueza dos ancestrais, dos avós, bisavós. É preciso abrir espaço na escola para que o velho avô venha contar histórias que ele ouvia na sua época de criança e ensine e cante as cantigas de rodas. Tudo isso não como saudade de um tempo que já se foi, mas para dar sentido ao presente; para trazer a emoção de terem vivido um tempo que muito pode ensinar aos jovens modernos. Tenho certeza que isso dará um ânimo novo nos educandos e renovará o sentido de família, de pertencimento a um grupo, a um povo, a uma nação. É isso que eu sentia quando ouvia as histórias de meu avô e me fez superar minhas crises de identidade e compreender as coisas que são importantes para o meu povo. Talvez isso crie uma nova identidade para o povo brasileiro.” ( Daniel Mundurucu).

O argumento utilizado pelo autor deixa bastante claro que a busca das raízes nos faz mais responsáveis pela nossa própria existência, por que ao descobrirmos nossa ancestralidade assumimos um compromisso não somente conosco, mas a nível social e cultural.
Conhecendo-nos, somos capazes de conhecer o outro e através do outro estabelecer o vínculo social, que é a base das relações.
Conhecer as suas raízes não significa somente apossar-se de sua história, mas sim da história no geral. Dentro das salas de aula não pesquisamos, não obtemos informação com o próprio aluno sobre sua cultura, seus antepassados, não o inserimos na história.
Ao estudarmos a história do Rio Grande do Sul temos conhecimento apenas das raças que compõem o povo rio-grandense e é necessário saber mais.
É necessário saber sobre o negro sua cultura, crenças e contribuição sobre nossas raízes. É preciso buscar informações sobre os índios e toda a sua riqueza cultural, como viviam no que acreditavam e no que acreditam nos dias de hoje.
Precisamos com urgência mudar nossos conceitos, tão alienados, sobre a cultura e tradição dos povos que estão presentes dentro de nossas salas de aula, precisamos nos ver e ver nosso aluno como parte integrante da formação do nosso povo e mais urgente ainda é não deixar a tradição existente dentro de cada família dissipar-se dentro da sala de aula.
Somente conhecendo a história de cada um de nossos alunos seremos capazes de ensinar a história de cada um dos povos que nos formam. E assim o vínculo social será traçado e o senso de alteridade será reconhecido e exercitado.

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