AUTOR: Maurice Tardiff
DADOS DA PUBLICAÇÃO: Saberes docentes e formação profissional. 3 ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2003, Cap. 6, p227-244.
PALAVRAS-CHAVE:
Competências
Habilidades
Profissionalização
Subjetividade
Correntes teóricas
Prática
Saberes
Valor
TEMÁTICA PRINCIPAL:
O texto aborta a forma com que o professor é visto e sua atuação de acordo com algumas orientações. Se para uma ele é um sujeito considerando sob uma visão cognitivista, intelectualista e instrumental. Outra orientação coloca o professor como sujeito ativo com sua história de vida, suas experiências, emoções e afetividades, fazendo com que isso seja parte de sua prática, porém sua vivência não é levada em conta, sendo esse apenas transmissor de conhecimento. Uma terceira orientação coloca que o professor é agente ativo e transformador.
CONCLUSÕES DO AUTOR:
Relacionando a cultura escolar e a cultura dos professores.
Os professores utilizam e produzem saberes específicos ao seu oficio, são os mediadores.
O texto aborda aspectos relevantes sobre a atuação dos professores. Essa é uma questão discutida e analisada em diversos paises, especialmente no Brasil.
Com o passar do tempo essa questão deu lugar a produções teóricas e autônomas enfatizando o trabalho a formação, o pensamento, a historia de vida do professores da cultura. É da responsabilidade do professor educar fazer o papel para o qual foi preparado dentro da escola.
Primeira conseqüência recolocar a subjetividade dos professores ao centro das pesquisas sobre o ensino
É preciso que se pare de considerar os professores como técnicos que aplicam conhecimentos produzidos por outros, ou como agentes sociais.
O professor atua de acordo com as forças externas por um lado aplica os saberes produzido por peritos e por outro lado os saberes dos especialistas das ciências sociais.
Para compreender a natureza do ensino é importante ter claro o papel dos professores que deve ser alguém que assume sua pratica que se apropria do saber e a pratica de estar atuando em favor desse ou daquele.”Toda pesquisa sobre o ensino tem o dever de registrar o ponto de vista dos professores”... Baseando-se num diálogo profundo com os professores.
”Na América do Norte e na Europa, os trabalhos que procuram levar em consideração a subjetividade dos professores são desenvolvidos a partir de três grandes orientações teóricas:”
“Uma primeira orientação caracteriza as pesquisas sobre a cognição ou sobre o pensamento dos professores. São pesquisas de inspiração psicológica e fazem parte da corrente das ciências cognitivas, especialmente da psicologia cognitiva.” O estudo nessas pesquisas consiste em evidenciar os processos mentais que ocorrem com o pensamento do professor em situações diversificadas. No lado europeu há uma preocupação em o processo da negociação de ajustamento e de estruturação com a interação dos professores com seus alunos. “Essa primeira orientação teórica tem como determinante uma revisão cognitivista e psicologizante da subjetividade do professor”.
Uma segunda orientação determina uma visão mais ampla do professor não se limitando a cognição ou a representação mental. Engloba mais a historia de vida dos professores, suas experiências no geral seus valores suas crenças e valores pessoais. ”O professor é sujeito ativo de sua própria pratica”. Contudo sua vivência é ignorada limitando esses professores a menos transmissores do conhecimento.
Uma terceira orientação baseia-se em novas concepções da subjetividade não reduzindo os professores à cognição ou a vivencia pessoal mas sem como alguém que interage no cotidiano com a sociedade, sendo capaz de emitir um juízo social e normativo sobre regras e normas na escola e na sociedade.
“Essas três dimensões da pesquisa são impermeáveis, pois ocorre varias trocas teóricas e metodológicas.” Cada uma produziu resultados relevantes e utilizáveis na formação docente.
É de consenso entre as orientações que são importantes levar em conta o ponto de vista dos professores, pois é através deles que se contrai o saber. São eles com suas experiências seu próprio trabalho.
Segunda conseqüência: repensar as relações entre a teoria e a prática.
“O trabalho dos ser professores deve considerado como um espaço prático específico, de transformação e de mobilização de saberes e, portanto, de teorias, de conhecimentos e de saberes fazeres específicos ao ofício de professor”.
DISCUTA AS IDÉIAS DO AUTOR A PARTIR DE SUAS EXPERIÊNCIAS PESSOAIS:
Doris Pires Vargas Bolzan no texto “Formação de professores: Reflexões sobre os saberes e fazeres na escola” destaca os estudos realizados por Paulo Freire onde esse cita que: a formação docente e a importância de uma prática educativa reflexiva é relevante. “O autor considera que a docência não pode existir sem a ética, a estética, a consciência da inconclusão, da crítica”.
Percebe-se que essa é uma questão histórica, ligada à profissionalização do ensino, ou seja, procura definir a procedência dos conhecimentos que embalavam o magistério.
Ao fazer a leitura do texto é possível entender o processo pelo qual passa hoje a educação no geral, pois o papel do professor, foco central da educação, ainda não está exatamente definido. Há professores que ainda reproduzem os valores definidos por pequena parte da sociedade e há professores que tentam de alguma forma educar para transformar.
Na escola onde trabalho é possível ser um professor que interage com o aluno, vivênciar situações, educar para transformar. Essa não foi uma conquista que se fez de imediato. Foram necessários muitos momentos de discussões e analises sobre o verdadeiro papel do educador para que se concluísse que não somos meros transmissores de conteúdos, mas sim mediadores entre aluno e conhecimento o que nos coloca como foco nesse processo.
Diante da comunidade nossa função é de assistencialistas uma vez que os pais passam toda a responsabilidade para os professores que precisam assumir até mesmo papel de pais.
Há ainda uma árdua caminhada para o reconhecimento da verdadeira função d educador. Podem fazer pesquisas de todos os gêneros enquanto o professor não for reconhecido como agente que atua é ativo e participativo no processo de construção social a educação continuará andando a passos lentos.