Identificando Epistemologias

O conhecimento ocorre nas relações que o indivíduo estabelece com o seu meio, na medida em que o sujeito vai tendo contato com as diferentes situações que se apresentam. Esse se constrói respeitando a vivência que e a história de vida de cada um.

A aprendizagem ocorre através da troca de experiência e da construção de novos conceitos a partir das diversas situações vivenciadas. O sujeito é instigado pelo professor ou seu cuidador a aprender, respeitando sempre a sua experiência nas diversas fases já vividas pela criança.

O ensino na escola deveria servir para atuar na construção de pessoas participativas e capazes de construir sua própria história de vida.

O objetivo principal da escola deve ser oferecer ao aluno um espaço que o oportunize o desenvolvimento de suas potencialidades.

Identificando Epistemologias - parte 2

O modelo da pedagogia diretiva é ainda muito difundido nas salas de aula. Os professores ainda são os senhores do saber, enquanto o aluno continua sendo “aluno”, ou seja, um ser sem luz. Talvez esses professores tenham receio das mudanças que serão provocadas a partir do momento que o aluno descobre que é ele o construtor do seu saber, que o professor é um mediador entre o saber e o aluno. Para o professor é muito mais fácil ter uma sala de aula onde o seu conhecimento não seja exigido e tampouco questionado. Sai dali vai para casa e esquece que é professor. Isso vimos muito, hoje em nossas escola, pessoas que não foram preparadas para a docência estão “sendo” professores enquanto não arranjam algo mais rentável. Vêem a escola e os alunos como um meio de sobrevivência: perde a escola, perde o aluno e perde a sociedade.

O verdadeiro professor está imbuído de um sentido de reflexão constante no que envolve a sua prática em sala de aula. Não há apegos definitivos a teorias e nem a saberes. Dá-se conta que a aprendizagem se dá, ou melhor, se estabelece nas relações com seus pares. O conhecimento ocorre no meio ambiente, na família, nas percepções, nas inter-relações do “eu” com o mundo.

Para o verdadeiro professor a aprendizagem se dará através da crítica de situações consideradas problematizadoras. O professor deve dar-se conta que a aprendizagem deve ser algo vivenciado e do domínio do aluno. Quando o conhecimento se dá de forma relacional um se apodera do conhecimento do outro. E assim a aprendizagem começa a realmente se efetivar.

É papel da escola de hoje inserir seus alunos no mundo do conhecimento com propostas de projetos que sejam oriundos da “sede” de conhecimento dos próprios alunos. E também é de suma importância, para que o projeto tenha sucesso, que o professor também tenha claro o conhecimento que seu aluno já possui.

Estágios de Desenvolvimento, segundo Piaget

Estágio sensório-motor (do nascimento aos 18 meses):

èIndiferente ao mundo (no início da fase),

èa criança não tem conceito nem representação do que seria o objeto, mas ela começa a fazer esquemas para representar mentalmente esses objetos, estabelece esquemas de ações sobre os objetos, isso lhe permite construir um conhecimento físico da realidade,

èé capaz de fazer imitações, mesmo que depois de um tempo as esqueça.

èconceito de permanência (quando o objeto desaparece na sua frente, ela o procura até o encontrar),

èrepresentações mentais e internas.

Estágio pré-operatório (dos 18 meses aos 6/7 anos):

èinício da construção de símbolos,

è jogos simbólicos,

è construção da linguagem e através dela toma consciência do mundo,

è fase das perguntas, dos por quês, não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação.

è Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos, a quantidade é mais importante do que o valor (ex: dinheiro)

è egocentrismo.

Estágio operatório-concreto (dos 6/7 aos 10/11 anos)

èinicio da socialização, das trocas sociais,

èinício da construção de conceitos,

èreconhecimento de valores e aplicação destes, a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.

Estágio operatório-formal (dos 10/11 em diante):

è início do pensamento abstrato

èdesenvolvimento dos processos cognitivos,

ènovas relações sociais,

èfase da construção do pensamento dedutivo,

èestabelece diferenciações.

è cálculos mentais

Aprendizagem

Ao iniciar o Pead nada sabia de mundo virtual, não sabia como funcionaria uma aula desse modelo. Isso me deixou insegura em relação ao curso. Perguntava-me se algum dia iria conseguir vencer este e os outros obstáculos que com certeza viriam.
Ouvia minhas colegas durante as aulas presenciais comentarem o quanto era fácil e gostoso de fazer as atividades propostas. Não conseguia entender como era que isso ocorria com elas e comigo não. Achava-me incapaz.
Enfim decidi: se estou na chuva vou ser obrigada a me molhar. Comprei um computador e a princípio tinha medo de mexer e estragar. Todos me diziam “vai sem medo, é apenas uma máquina. Quem vai comandá-la serás tu!”
Percebi que a medida que tinha que fazer os trabalhos, os obstáculos apareciam. Aos poucos nas tentativas de elaborar, digitar e postar os trabalhos os obstáculos começaram a desaparecer. Outros apareceram.
Parecia um jogo onde as fases eram vencidas uma a uma.
Hoje já me sinto mais capaz, já me aventuro sem medo. A máquina ainda é um problema às vezes. Tem coisas que eu não sei resolver, mas vou atrás de ajuda de pessoas que dominam melhor do que eu. E essas pessoas podem ser um amigo, um filho e até mesmo o meu aluno. Aliás, aprendi muito com meus alunos cada vez que íamos para a sala de informática.